domingo, 26 de março de 2017

As vidas dos brancos pobres também importam !

Nos Estados Unidos, os homens de meia-idade brancos, e com menos educação estão a morrer a um ritmo sem precedentes.
A sua taxa de mortalidade é mais elevada do que a dos negros ou dos hispânicos da mesma idade e com o mesmo nível de ensino. A mortalidade dos brancos com menor escolaridade também é muito maior agora do que era até o início deste século. Parece ser um fenómeno americano dado que não se verificou - até agora - noutras partes do Mundo.
Este é em síntese o resultado de um estudo feito pelo Prémio Nobel de Economia 2015 Angus Deaton e por Anne Case, economista da Universidade de Princeton, que podem ler abaixo.
Neste grupo dos homens brancos, os suicídios e mortes por overdose de drogas, comprimidos e álcool aumentou dramaticamente. A incidência de cancro e de doenças cardíacas também piorou, assim como a obesidade. Desde o ano 2000, que as mortes por estas causas entre os brancos não-hispânicos, com entre 50 e 54 anos, mais que duplicaram. Em 2015 morreram numa taxa duas vezes maior que a das mulheres brancas com as mesmas características, morrendo mais americanos de overdose que com armas de fogo ou acidentes de trânsito. A esmagadora maioria das vítimas eram homens e brancos.
O desemprego, que atingiu duramente este grupo de trabalhadores nas ultimas décadas, não é a única nem a mais importante razão para este flagelo, pois os trabalhadores hispânicos e negros também perderam os seus empregos e viram cair os seus rendimentos e, no entanto, a sua longevidade aumentou!
De acordo com estes dois economistas, a causa mais profunda deste fenómeno tem a ver com o que eles chamam de "desvantagens cumulativas". Estas são as debilitantes condições e hábitos disfuncionais que este grupo humano tem acumulado ao longo de sua vida como reacção as profundas transformações económicas e sociais.
O abandono escolar precoce para uma entrada no mercado de trabalho pouco qualificado, mas que pagava salários interessantes numa altura de boom económico dos anos 80, teve os seus efeitos letais quando esses postos diminuíram com a desindustrialização e relocalização industrial. Outras mudanças na sociedade como o papel das mulheres na família e na sociedade, derivado da sua cada vez maior presença no mercado de trabalho, o aumento do divórcio e a fragmentação da família, bem como a sua difícil mobilidade social, tornou esta classe a mais vulnerável a uma "morte por desespero." São homens que já foram felizes e prósperos e que de repente ficaram sem futuro, nem para eles nem para as suas famílias de quem se sentem psicológica e socialmente responsáveis.
Gostava bastante que Trump - que foi eleito também com muitos votos destes homens brancos – reverte-se este genocídio racista e xenófobo que os “Estados” Unidos da América têm deixado acontecer com o beneplácito de Clinton, Bush e acima de tudo de Obama e dos políticos Democratas, pois a sua aposta no "assistencialismo social aos desfavorecidos" não parece ter chegado para este grupo.
Não concordo nada com medidas proteccionistas e com investimentos públicos massivos em infra-estruturas, mas se foram eles a alterar este estado de coisas, terei de as aceitar, pois a vida destes brancos também importa!



sexta-feira, 24 de março de 2017

Lobos pouco solitários

Um ano depois de Bruxelas o terror voltou a Londres. O terrorista foi identificado como sendo Khalid Masood, 52 anos de idade, nascido no Reino Unido, que tinha vivido recentemente em Birmingham.

Era casado e tinha filhos. A polícia já o tinha investigado anteriormente, mas determinou que ele não era um risco para a segurança. Ontem, à medida que mais prisões foram feitas em Birmingham e Londres, ficou claro que Masood não agira sozinho .Masood fazia parte de uma rede de extremistas jihadistas baseados em Birmingham, que o The Times refere ser um campo de recrutamento para o Estado Islâmico.

Em 14 de julho de 2016, Lahouaiej Bouhlel, tunisino residente na França, matou mais de 80 pessoas e feriu centenas ao varrer, com um camião de carga de 19 toneladas, uma multidão que celebrava em Nice o dia da Bastilha. Poucos dias depois deste massacre, um emigrante afegão de 17 anos que procurava asilo na Alemanha atacou passageiros com um machado e uma faca num comboio em Würzburg, ferindo quatro antes que a polícia o matasse.

Tempos depois o ISIS reivindicou a responsabilidade pelo ataque em Wurzburg lançando um vídeo com o autor que demonstrou que o ISIS tinha conhecimento prévio do que pretendia atacar. Menos de uma semana após o ataque de Nice, as autoridades francesas revelaram que Lahouaiej Bouhlel não podia ter agido sozinho. Vários indivíduos foram detidos conectados com o massacre. Um suspeito tinha mesmo posado para uma foto no camião que Lahouaiej Bouhlel utilizou para matar. Além disso, o perpetrador, planeava o ataque à meses. O Estado islâmico tomou o crédito da acção e apresentou fotos do assassino levantando seu dedo indicador no ar.

Anis Amri, tunisino, utilizou o mesmo meio que Bouhlel e atacou um praça do mercado de Berlim, em 19 de dezembro de 2016, matando 12 pessoas. Fazia parte de uma rede composta de radicalizados do Daesh e de outros extremistas locais. Uma câmara de CCTV apanhou Amri, pouco depois do ataque, apontando seu dedo indicador e indicando seu compromisso para com a causa do grupo. Quatro dias depois, em 23 de Dezembro, Amri foi morto numa operação casual em Milão. Ficou claro que o ataque tinha sido cuidadosamente planeado.

A natureza da radicalização e do planeamento operacional na era digital transtornou os esforços para perceber e analisar os ataques realizados por indivíduos isolados. Os Jihadistas que planeavam os assassinatos no Ocidente costumavam reunir-se pessoalmente em pequenos grupos em mesquitas, casas ou outros locais discretos. A radicalização ocorria através do contacto pessoal em bairros problemáticos ou prisões e as autoridades antiterroristas faziam o seu trabalham vigiando os centros de recrutamento, monitorizando telemóveis e vídeos de vigilância, para obter provas de que as células se estavam a reunir preparando algo.

Com o boom das redes sociais e o crescimento e banalização das aplicações para comunicações criptografadas, a radicalização e o planeamento operacional podem facilmente ocorrer inteiramente em ambientes digitais. O Daesh capitalizou a seu favor as tecnologias de comunicação, construindo comunidades on-line que promovem um senso de comunidade e, assim, facilitam a radicalização.

O grupo também estabeleceu uma equipa de recrutadores digitais que usam a Internet para identificar indivíduos com apetência para a causa e para coordenar e dirigir ataques, isto feito sem qualquer conhecimento pessoal dos terroristas.

Perante esta verdadeira transformação digital das organizações terroristas, o termo “lobo solitário” não parece mais que uma sound bite que soa bem nos media generalistas e que tantas vezes os próprios comentadores subscrevem. Estes terroristas nada tem de solitário, só o sendo no dia e hora em que executam o que células organizadas e hierarquizadas planearam durante muito tempo. Este conceito interessa ao terrorismo por duas razões centrais 1) dá uma imagem de incapacidade da policia perante um único elemento terrorista 2) promove o medo entre a população, fazendo com que pensemos que “todos podem ser terroristas em qualquer lugar em qualquer instante". É tempo de mudarmos de discurso por muito “romântico” que soe à comunicação social.

Uma alcateia é uma estrutura altamente organizada e hierarquizada sendo que todos os membros obedecem a leis determinadas pelo colectivo. Esta é a única forma de, em ambientes muito adversos, se garantir a sobrevivência do grupo. Esta estrutura social promove como prioridade a unidade e ordem, reduzindo os conflitos e os comportamentos agressivos entre os integrantes. Como o Daesh.




quinta-feira, 23 de março de 2017

Londres 22/03/2017

Sobre os acontecimentos de ontem cito as palavras da jornalista independente e repórter de guerra Vanessa Beeley e do Politico Republicano Libertário Ron Paul

Vanessa - “I dont apologise for feeling angry that the blood of innocents in Damascus, Ukraine and Yemen is allowed to pool in the gutter with no mention from our UK state media. No condemnation of the terrorism, our regimes have created, promoted and inflicted upon the world. There is no BBC 24 hour coverage of the torn body parts, mutilated children and relatives screaming in pain and loss when they find their loved ones among the charred remains of another UK bomb or US supplied grad missile. No close up of the twisted corpses, ripped apart by a UK supported suicide bomber, as they are piled up in the back of a truck.

No, we call this monster a "rebel" and celebrate his "advances"

I grieve any loss of life but I abhor hypocrisy. Lives that were lost yesterday, in London, are as a direct result of the same terrorism that brings daily horror to Damascus and it resides in our halls of power and among the chosen allies of the UK regime. Above all, it crawls & breathes, among us, in the terror cells, incubated and nurtured by our state and deep state actors, on UK soil, before being despatched to massacre more innocents in Syria or Iraq.

Yesterday, when the beast bit the hand that fed it, the terrorism chief fled her post with an armed guard and left her civilians to be massacred. They betray you, and betray humanity, on a daily basis, yet you attack me for pointing it out to you?”

Ron Paul - "If you hit someone and kill their family, they will hate you and probably hit you back in the future.

That’s what blowback is all about. It seems like such a simple concept, but many of my opponents vehemently denied its validity.

They proclaim that what our military does abroad has no effect on how the citizens of the world feel towards us. The 9/11 terrorists hated our wealth and freedom so intensely that they sacrificed their lives to prove it? (Of course, our government bombing their countries, propping up their dictators and supplying their enemies with money and weapons had nothing to do with it…)

Instead of securing our borders, we’ve been planning, initiating and waging wars of aggression. Our military is spread thin all across the planet, yet we remain involved in dangerous power plays that unnecessarily put the lives of our soldiers at risk. And we brazenly squandered the wealth of our nation as if there were no tomorrow.

It doesn’t make any sense unless you consider increasing the profits of the military-industrial complex to be in the “national interest”, no matter what the cost to the rest of us may be."

Doravante nada mais há a fazer que não seja; 1) Não aceitar esta realidade, não ser conformista 2) não pactuar com ninguém que nos diga que isto tem de ser assim 3) Formar as nossas crianças nos valores da liberdade, propriedade e paz 4) Estar preparado para se defender de quem nos atacar aqui 5) Deixar de atacar os que longe daqui nada têm a ver com isto.


sábado, 18 de março de 2017

Aqui chegados

Foram vários os comentadores políticos que, com Trump nos EUA e após o Brexit, anteciparam a mudança politica na União Europeia e o fim da mesma como a conhecemos. Era esperado o efeito dominó. Esse foi mesmo o vaticínio de Marine Le Pen. É bom fazer uma reflexão sobre o que aconteceu desde que aqui chegámos olhando para o que se passou desde o momento em que o UK decidiu sair da EU.

Rajoy ganhou em Espanha. Rajoy que tinha preparado o resgate Espanhol em 2012, não foi penalizado sobre maneira pelo eleitorado, tendo por outro lado o PSOE relegado o Podemos para a subalternidade. A Espanha está crescer.

Na Áustria, Van der Bellen ganhou ao nacionalista Hofer, mesmo com este ultimo a dizer cobras e lagartos da EU, isto ao mesmo tempo que afirmava que não defendia a saída.

Na Holanda Mark Rutte ganhou a Geert Wilders que, mesmo reforçando o seu peso parlamentar, dificilmente será parte do novo governo.

Por outro lado, no Reino Unido, a libra caiu, a economia não tem as melhores perspectivas futuras e as pressões nacionalistas escocesas reavivaram, com Sturgeon a exigir um novo referendo.

As eleições em França, em Abril onde Le Pen não está próxima de ganhar contra Macron e isto apesar do escândalo Fillon, e as eleições na Alemanha com Merkel ou Schulz a ganharem, ou seja, ou centro ou centro ditarão, no meu entender, se o Brexit foi a primeira peça do dominó a cair ou se a EU acaba a sair reforçada de tudo isto com a UK a ficar nos chamados maus lençóis.

A última esperança para um dominó pós-Brexit é a Itália com populistas à esquerda (Movimento 5 Stelle, ou M5S) e à direita (Liga Norte). Mas Renzi não está acabado e é bem provável que o antigo primeiro-ministro tenha uma boa hipótese de ser o novo próximo primeiro-ministro.

Neste momento a economia Europeia melhora e visto daqui não parece que o populismo iniciado do outro lado do Atlântico vá ter idêntica expressão na Europa. Mas muita água ainda vai correr debaixo das pontes Europeias. Aguardemos.


terça-feira, 14 de março de 2017

Populismo; esboços para uma caracterização #2

Toda a democracia tem uma fase pragmática e uma fase redentora. A fase pragmática implica o estabelecimento de burocracias e rotinas politicas, potenciadoras de elites e especialistas. A redentora propõe a possibilidade de renovação do sistema por intervenção directa do povo. O populismo captura esta segunda vaga diminuindo o papel da primeira, num aproveitamento da crise das instituições democráticas verticais e oitocentistas, incapazes de responder ao horizontal, tecnológico, interactivo e em redes múltiplas e interconectadas seculo XXI.

O populismo apela a Rousseau e à sua utopia republicana de autogoverno, pondo nas mãos dos cidadãos a capacidade de fazer e executar as leis. Os referendos e plebiscitos são assim as ferramentas por excelência do líder populista.

Relacionar a elite com o poder económico é uma estratégia de excelência de qualquer líder populista. Isto permite-lhe ter sempre uma legitima razão para explicar os seus insucessos governativos – a sabotagem por todos os que dominam na sombra a economia e as finanças privadas. Para o politico populista, estes podem ter sido afastados do poder politico, mas continuam a deter o poder económico. Este argumento como disse, justifica o falhanço e incrementa a legitimidade de aumentar o poder do Estado, reforçando todo o tipo de controle sobre as entidades privadas. Esta é uma argumentação típica do populismo esquerdista da América Latina preconizado por Chaves na Venezuela, mas também por Tsipras na Grécia.

O Populismo significa coisas diferentes para diferentes grupos, mas todas as versões partilham de uma suspeita e hostilidade em relação às elites, à política dominante e às instituições estabelecidas. O populismo fala para a pessoa "comum" que foi esquecida e imagina-se frequentemente como a voz do patriotismo genuíno. "O único antídoto para décadas de governo ruinoso por um pequeno punhado de elitistas é uma ousada infusão de vontade popular. Em cada grande questão que afecta este país, as pessoas têm razão e a elite governamental está errada ", escreveu Trump.

Historicamente, o populismo apresenta-se em variantes de esquerda e direita, e ambas a formas florescem hoje em dia, de Bernie Sanders a Donald Trump, do Syriza, à Frente Nacional, na França. Mas o populismo ocidental há muito tempo que têm uma extrema esquerda que crítica os partidos mainstream de esquerda. Na esteira da Guerra Fria, os partidos de centro-esquerda moveram-se para os ideais de mercado e tornaram-se apoiantes das grandes empresas - abrindo assim uma lacuna que poderia ser preenchida - Pensemos em Bill Clinton nos Estados Unidos e Tony Blair no Reino Unido. Essa lacuna permaneceu vazia até a crise 2007-8.

 A recessão subsequente fez com que os lares nos Estados Unidos perdessem triliões de dólares em riqueza e o desemprego subisse acima dos 20% em países como a Grécia e a
Espanha. Não é de estranhar que, após a pior crise económica desde a Grande Depressão, a esquerda populista tenha experimentado uma onda de energia. A agenda desta nova esquerda não é tão diferente da velha esquerda. Em todo o caso, em muitos países europeus, os partidos populistas de esquerda estão agora muito mais próximos do centro do que há 30 anos.

Os partidos populistas de direita, por outro lado, estão experimentando um novo e impressionante aumento de país para país em toda a Europa. A Frente Nacional da França está posicionada para fazer a segunda volta das eleições presidenciais do próximo ano com Marine Le Pen. O Partido da Liberdade da Áustria quase ganhou a presidência este ano. Nem todas as nações sucumbiram à tentação. A Espanha, com sua história recente de ditadura de direita, mostrou pouco apetite por esses tipos de partidos. Mas a Alemanha, um país que tem lutado com sua história de extremismo mais do que qualquer outro, tem agora um partido populista de direita, Alternative for Germany, que está a crescer em força. E, claro, há Trump.

O Populismo em Marcha; Porque que é que o Ocidente está com Problemas - Fareed Zakaria in Foreign Affairs - NOV/DEC 2016 – VOL 95 – Nº 6

domingo, 12 de março de 2017

Populismo; esboços para uma caracterização #1

Não será errado dizer que existem duas tendências teóricas centrais para explicar o populismo. Enquanto a primeira o considera uma estratégia para chegada e manutenção do poder, a segunda percebe-o como ideologia, dado que pressupõe uma visão própria de organização social.

O Populismo confronta os que elegem com os que são eleitos. Esta dicotomia maniqueísta é essencial à construção populista, dado que a simplifica, reduzindo-a à mais pura essência; a tensão entre o povo “limpo” e a elite “suja”.

O antipopulismo está ligado a institucionalidade, à mediação e discussão num universo politico tradicional, universo este que o vê como um elemento perigoso de desarranjo da ordem natural.

O Populismo não pode ser visto como um ataque à Democracia, pelo contrario, na medida em que ele dá voz “a quem a perdeu”. No entanto ele é um estorvo, um incomodo para os tradicionalistas da politica. Para os populistas a democracia representativa foi capturada pelas elites, que a usam para seu próprio beneficio, havendo a necessidade de aumentar a sua componente directa de forma a desintermediar o acesso ao poder afastando os usurpadores, substituídos por quem sabe efectivamente “o que o povo quer”.

quarta-feira, 8 de março de 2017

A Líbia depois do Daesh - Como Trump pode impedir a próxima guerra

Por Frederic Wehrey e Wolfram Lacher na Foreign Affairs

Entre as muitas crises que enfrenta o novo governo Trump, a Líbia representa um desafio crescente. O Estado do Mediterrâneo está perto de uma guerra civil, o que poderá ter consequências profundamente negativas para os interesses dos EUA e dos seus aliados.

Embora o Estado Islâmico (ISIS) tenha sido retirado das principais áreas de controlo no ano passado e a produção de petróleo tenha recuperado para um máximo nos últimos três anos, a Líbia está mais polarizada e fragmentada do que nunca. O Governo de Acordo Nacional (GAN) de Trípoli, apoiado pelas Nações Unidas, está a falhar as suas funções básicas e enfrenta o desafio de uma facção oriental liderada pelo general Khalifa Hifter e apoiada pelo Egito, Emirados Árabes Unidos e, cada vez mais, pela Rússia. Além disso, a economia está em colapso, e a militância jihadista ainda pode encontrar espaço num pais em caos.


É a hora de uma liderança diplomática americana cuidadosa mas assertiva. A administração Trump deve primeiro estudar as complexidades da líbia, evitando as categorizações fáceis e incorrectas de "islamistas", "seculares" ou "nacionalistas". Deve evitar ver o país apenas através de uma lente antiterrorista e evitar envolver-se em tensões com estados regionais, especialmente o Egipto, na resolução dos desafios. A questão da Líbia para a Europa também é um problema; Sem o apoio americano, o papel europeu não terá credibilidade, convidando a Rússia a ser o principal intermediário de poder. Apoiar um lado nos conflitos da Líbia, como alguns líderes regionais pretendem persuadir os Estados Unidos a fazer, desencadearia uma longa guerra civil.