Entre as muitas crises que enfrenta o novo governo Trump, a
Líbia representa um desafio crescente. O Estado do Mediterrâneo está perto de
uma guerra civil, o que poderá ter consequências profundamente negativas para
os interesses dos EUA e dos seus aliados.
Embora o Estado Islâmico (ISIS) tenha sido retirado das principais
áreas de controlo no ano passado e a produção de petróleo tenha recuperado para
um máximo nos últimos três anos, a Líbia está mais polarizada e fragmentada do
que nunca. O Governo de Acordo Nacional (GAN) de Trípoli, apoiado pelas Nações
Unidas, está a falhar as suas funções básicas e enfrenta o desafio de uma
facção oriental liderada pelo general Khalifa Hifter e apoiada pelo Egito,
Emirados Árabes Unidos e, cada vez mais, pela Rússia. Além disso, a economia
está em colapso, e a militância jihadista ainda pode encontrar espaço num pais
em caos.
É a hora de uma liderança diplomática americana cuidadosa mas
assertiva. A administração Trump deve primeiro estudar as complexidades da líbia,
evitando as categorizações fáceis e incorrectas de "islamistas",
"seculares" ou "nacionalistas". Deve evitar ver o país
apenas através de uma lente antiterrorista e evitar envolver-se em tensões com
estados regionais, especialmente o Egipto, na resolução dos desafios. A questão
da Líbia para a Europa também é um problema; Sem o apoio americano, o papel
europeu não terá credibilidade, convidando a Rússia a ser o principal
intermediário de poder. Apoiar um lado nos conflitos da Líbia, como alguns
líderes regionais pretendem persuadir os Estados Unidos a fazer, desencadearia
uma longa guerra civil.
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