Foram vários os comentadores políticos
que, com Trump nos EUA e após o Brexit, anteciparam a mudança politica na União Europeia e o fim da mesma como a conhecemos. Era esperado o efeito dominó. Esse foi mesmo o vaticínio de Marine Le Pen. É bom
fazer uma reflexão sobre o que aconteceu desde que aqui chegámos olhando para o
que se passou desde o momento em que o UK decidiu sair da EU.
Rajoy ganhou em Espanha. Rajoy
que tinha preparado o resgate Espanhol em 2012, não foi penalizado sobre
maneira pelo eleitorado, tendo por outro lado o PSOE relegado o Podemos para a subalternidade.
A Espanha está crescer.
Na Áustria, Van der Bellen
ganhou ao nacionalista Hofer, mesmo com este ultimo a dizer cobras e lagartos
da EU, isto ao mesmo tempo que afirmava que não defendia a saída.
Na Holanda Mark Rutte ganhou a
Geert Wilders que, mesmo reforçando o seu peso parlamentar, dificilmente será
parte do novo governo.
Por outro lado, no Reino Unido, a
libra caiu, a economia não tem as melhores perspectivas futuras e as pressões nacionalistas escocesas reavivaram, com Sturgeon a exigir um novo referendo.
As eleições em França, em Abril onde
Le Pen não está próxima de ganhar contra Macron e isto apesar do escândalo Fillon,
e as eleições na Alemanha com Merkel ou Schulz a ganharem, ou seja, ou centro
ou centro ditarão, no meu entender, se o Brexit foi a primeira peça do dominó a
cair ou se a EU acaba a sair reforçada de tudo isto com a UK a ficar nos chamados
maus lençóis.
A última esperança para um
dominó pós-Brexit é a Itália com populistas à esquerda (Movimento 5 Stelle, ou
M5S) e à direita (Liga Norte). Mas Renzi não está acabado e é bem provável
que o antigo primeiro-ministro tenha uma boa hipótese de ser o novo próximo
primeiro-ministro.
Neste momento a economia Europeia melhora e visto daqui não parece que o populismo iniciado do outro lado do Atlântico
vá ter idêntica expressão na Europa. Mas muita água ainda vai correr debaixo das pontes Europeias. Aguardemos.
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