As
dificuldades económicas fazem com que os aliados possuam fracas remessas de
mantimentos. Mas em 1918 a Bulgária assina a paz com os Aliados, e a Alemanha
envia uma nota de paz aos americanos a 4 de Outubro de 1918.
Esta
posição não é consensual dentro do governo americano, sendo que existe a
posição de Lundendorf é de que a Alemanha não consegue manter nenhum esforço de
guerra, mas existe Handenau que assume a façanha de quem quer manter o esforço
de guerra, não se podendo esquecer que Handenau é o homem que em 1914 foi
imposto a função de garantir a logística alemã, de maneira que este homem,
aquando das primeiras vitórias alemãs é a favor de tratados de paz imediatos
sem negociações, mas agora, em 1918, é da posição de que a guerra tem que se
continuar para que a posição em que se negocia a paz seria uma posição de
força.
Para
piorar a Áustria possui revoltas interiores, como o que se passa na sua marinha
e nas suas capacidades logísticas. Socialmente em 1918 surge o concelho
nacional checo, que se diz detentor da capacidade de falar pela futura nação
Checa. Assim este concelho declara a independência da Checoslováquia, sendo que
o concelho húngaro faz o mesmo para si. Assim sendo o Império que entra na
guerra não sai da guerra.
Quanto à Polónia, em Outubro de 1918 tenta libertar-se a tutela alemã declarando-se
independente da Alemanha, retirando também do seu governo os alemães que teriam
sido lá colocados, sendo que esta independência padece de um território que
envolve territórios ucranianos, que o concelho nacional ucraniano não aceita
essa casacão de territórios.
Assim,
ainda não acabou a primeira guerra mundial, mas já existem espectros de guerra
com as fronteiras que estes novos estados reclamam.
Tendo
em conta o que se passa na Áustria torna a posição da Alemanha numa posição
mais fraca, sendo que o Presidente Wilson recusa a nota de paz do governo da
Alemanha, para mais o Presidente Wilson exige para a negociação do Armistício
(documento que fixa a suspensão do Estado de Guerra) entre a Alemanha e os EUA
é a retirada das zonas ocupadas pela Alemanha das zonas ocupadas no início da
guerra, tal como uma evacuação da Áustria da Sérvia.
A
retirada alemã oferecia aos EUA uma impossibilidade da Alemanha controlar o
continente europeu e de que a Alemanha possa beneficiar seja o que for dos
últimos 4 anos de guerra… o que não acontece.
Guilherme
II aceita que o esforço de guerra continue, mas na Alemanha existem movimentos
separatistas e que promovem o fim da Monarquia na Alemanha e são a favor de uma
Republica Soviética na Alemanha. Entre o final de Outubro e inicio de Novembro
de 1918 as tropas alemães dão aso a vários incidentes de insubordinação, sendo
que a Armada alemã demonstra-se inabalável na desobediência aos superiores,
sendo que no final de 1918 o perigo de uma sublevação Soviética é muito real.
O
governo alemão sucumbe aos primeiros dias de Novembro a movimentos Soviéticos e
aos Sociais-democratas, sendo que em 5 de Novembro é decretada pelo governo, a
abdicação de Guilherme II no filho (sendo que Guilherme II não concorda), e as
rédeas do governo são dadas aos Sociais Democratas devido a estes serem vistos
coo mais moderados.
É
assim que a Alemanha se apresenta nas negociações de paz, para mais, o que
agora se tem em conta não é a guerra, mas sim, o perigo das sublevações que se
passam no meio dos poderes centrais poder espalhar para o resto da Europa, e
mesmo para o resto do mundo.
A
ideia Americana neste contexto é infligir uma derrota definitiva aos alemães,
sendo que queriam que o esforço de guerra fosse levado a um ponto em que a
Alemanha tivesse que se render sem nenhuma condição. Esta ideia não é correspondida
pelos comandos franceses e ingleses, visto que principalmente os franceses não
viam os americanos como um exército visto que não tinham grande experiência de
combate, e desta forma os franceses querem a paz para descansar os seus homens,
sendo que os ingleses vão nesta esteira.
Para
mais as informações que chegam aos Aliados, é de que a Alemanha está de tal
forma mal internamente que não é preciso atacar a Alemanha e continuar o
esforço de guerra para que a Alemanha esteja disposta a aceitar rendição sem
termos.
A
Alemanha assim aceita o armistício, entregando a sua artilharia pesada, 25000
metralhadoras e 3000 torpedos, evacuam os portos do mar negro, recuam a leste
às fronteiras de 1914, tal como a Oeste. Têm de entregar 3 couraçados pesados e
3 ligeiros, boa parte dos contratorpedeiros e todos os submarinos. A mais a
Alemanha tem que estar preparada para pagar reparações de guerra, sendo que
sobre isso a Bélgica e a França irão exigir uma outra taxa para reparar o que
aconteceu ao território invadido pela Alemanha.
Os
alemães terão de entregar locomotivas, vagões e equipamento ferroviário num
período de 36 dias e em bom estado.
Até à margem esquerda do Reno, vê-se uma ocupação militar da Alemanha.
Estes
são os termos do ARMISTÍCIO.
O
comando alemão afirma que terá de aceitar estes termos, mesmo que estes termo
signifiquem a fome na Alemanha, a dissensão generalizada e os tumultos
internos, algo que vem a cair em cima dos problemas que já se sabia que haviam,
quer pelos Franceses que pelos Ingleses. Isto não preocupa os comandos aliados
visto que era o que isso tudo tinha acontecido nos territórios ocupados pelos
alemães.
Às
11 Horas do 11 Dia do 11º Mês de 1918 dá-se o cessar-fogo. A partir daqui
começasse a negociar a paz, sendo que este processo demora 6 meses em Paris.
A
principal figura destas negociações será o Presidente Wilson, mas a partir de
Abril de 1917, quando os EUA entram na guerra, não entram nesta Guerra contra a
Tríplice Aliança com associado da Tríplice Entonte e não como seu aliado, de maneira
que assim os EUA poderão manter a sua distância de qualquer documento que a as
potências da Tríplice Entonte tenham assinado devido á guerra. Assim os EUA não
estão obrigados a cumprir os tratados assinados entre a Inglaterra e a Itália
tendo em conta o aumento da dimensão da Itália tendo em conta os territórios
que a Itália ganharia se as forças da Entonte ganhassem a guerra.
A
delegação americana demora 1 mês a chegar à Europa, o que leva a que no momento
em que chegam, já as potências europeias possuem acordos sobre a divisão
europeia no pós guerra.
A
Jugoslávia (Reino dos eslavos do Sul) reclama para si (antes do armistício) as
fronteiras da Áustria, sendo que isto irá confrontar as fronteiras que a Itália
diziam suas. A população de Fiúme declara a sua independência da Jugoslávia e
requer a sua adesão ao Reino da Itália.
As
negociações de paz são iniciadas com uma enorme malha de novos estados, que não
são decretadas pelas grandes potências. Assim sendo estes novos estados vão
sentar-se na mesa das negociações sem nunca terem entrado no esforço de guerra
(como foi a Estónia, Latvia e a Lituânia), sendo que isto acontece pela ideia
de Wilson da Autodeterminação dos Povos.
Assim
Paris torna-se em 1918/1919 como um palco para todas e mais qualquer uma
reivindicações, sendo que zonas que não constituem nações fazem-se representar,
como o Curdistão, Irlanda e Índia, sendo que é perguntado ao Presidente Wilson
o que fazer. Wilson apesar de aceitar a soberania auto-proclamada dos países
eslavos e Bálticos, não aceita no entanto autonomia da Irlanda.
Começasse
a perguntar qual é a fronteira à autodeterminação dos povos, sendo que essa
autodeterminação não é dada a Fiúme, ou ao Curdistão ou à Irlanda. A paz com a
Alemanha é alcançada em 1919, mas vários tratados vão ser celebrados até 1922.
Assim
esta conferência de Paris dedicasse a dois objectivos, como os mecanismos que
regulam a paz e as relações com os vencidos, e também a criação de uma
organização que regule as confrontações entre os estados.
Tentava-se assim criar uma nova ordem que fosse reconhecida por todos, tal como a
jurisdição dessa nova ordem. Era o objectivo de Wilson garantir que isto
acontece. O Presidente Wilson queria ficar um mês fora dos EUA, mas acaba por
ficar 6 meses, sendo que internamente isso terá problemas para a sua política,
de maneira que por via de Wilson os EUA estão na base da criação de uma
entidade supra nacional que não virão a rectificar, mas também não virão a
subscrever nenhum dos tratados que as potências ganhadoras assinam, e portanto
não rectificam o tratado de Versalhes. Existindo assim dois tipos de tratados,
os da Entonte com as potencias que perderam a guerra, e os tratados dos EUA com
essas potencias, sendo que a não rectificação dos EUA sobre estes tratados
feitos pelas potencias da Entonte leva a que os EUA não rectifiquem o tratado
de Versalhes e por sua vez a Sociedade das Nações.
Guilherme
II irá para o exílio na Holanda, onde fica até á sua morte, sendo que irá ser
muito critico de como a guerra acaba, irá escrever memórias e irá estar em
contacto com as forças politicas alemãs como o Partido de Centro e o Partido
Nacional Socialista, de maneira a que estes partidos tentarão ter em Guilherme
II um apoio de maneira a arranjar legitimidade para legitimar a sua ascensão,
sendo que Guilherme II não irá aproximar-se de nenhum deles. Esta não
aproximação devia-se a que Guilherme II se achava com referencias politicas e
culturais diferentes das do Partido Nacional Socialismo, sendo que Hitler
escreve a Guilherme II dizendo que é um homem que promove a grande Alemanha e
como um homem que é contra os aristocratas alemães que traíram a Alemanha (tal
como dizia Guilherme II), mas não aceita a antiga aristocracia, de maneira que
tenta (Hitler) criar uma nova.
A
França nas negociações de Paz, quer substituir a Alemanha como a potencia
industrial da Europa, sendo que que para isso irá exigir as zonas do Saar e
Lorena. A França exige isto também porque as minas franceses no norte de França
foram inundadas pelos alemães, e porque a maior parte do Teatro de Operações no
solo francês são as áreas mais industrializadas de França, demonstrando que a
França perde fortemente a sua capacidade industrial. Assim sendo para a França
recuperar a sua posição, a França necessita de aceder a matérias-primas que era
a Alemanha que detinha.
Inicialmente
e durante a guerra a Inglaterra não se importa com isto, mas no final da
guerra, não será assim, visto que nas negociações do pós guerra a posição da
França será grande na negociação dos territórios do médio Oriente e África.
No
final da guerra o paradigma da França é diferente do paradigma do inicio da
guerra, visto que no inicio a Inglaterra não se importa que a França queira os
territórios industriais franceses, mas já se importa no final da Guerra porque
a França apresentasse numa posição em que irá crescer desmesuradamente na
Europa, África, Médio Oriente e Ásia, não querendo a Inglaterra, que depois de
lidar com os expansionismo alemão tenha de lidar com o expansionismo francês ou
de outra nação, seja ela aliada ou não. Também os EUA se opõem a isto, visto
que a França ocupa as zonas industriais alemãs, mas por apenas 15 anos, sendo
que segundo a auto determinação dos povos, o povo alemão nestas zonas votaria
se quereria ficar em posse da Alemanha ou da França.
O
que os franceses querem é o enfraquecimento da Alemanha, mas os Ingleses sabem
bem que o que a França ganha é o que a Alemanha perde, e de acordo com as
ambições inglesas, a Alemanha também tem de pagar as suas dívidas de guerra.
No
final da Guerra a Alemanha perde mais território do que aquele que constou,
sendo que a Alemanha pós 1919 é uma Alemanha que perde os espaços que a Prússia
e Alemanha ganham na Europa no Séc. XIX, fala-se dos Ducados dinamarqueses, da
Polónia e dos territórios franceses na terceira guerra de Bismark, sendo que
para além de território, perde matéria-prima, perde população e recursos, sendo
que perde também continuidade geográfica, visto que é entendido oferecer á
Polónia acesso ao mar através do corredor de Danzig. Isto é o objectivo de
cortar a Prússia, visto que depois de 1871 a Alemanha é vista como uma Alemanha
“Prussificada” e para isso corta-se a Prússia em duas.
Também
os cursos de água da Alemanha são internacionalizados, e assim a Alemanha perde
soberania sobre os seus territórios, de maneira que qualquer pessoa pode entrar
e sair da Alemanha sem dar conhecimento á Alemanha. Para mais a Alemanha é
obrigada á desmilitarização, que engloba a incapacidade de produzir ou utilizar
Artilharia pesada, a impossibilidade de usar uma Força Aérea, fica proibida de
ter Marinha de Guerra acima de uma tonelagem, é obrigada a fechar todas as
academias militares (incapacitando a formação de quadros militares), fica
impedida da formação de corpos de segurança pública, fica reduzida a 100.000 no
exército, sendo esse o número antes de 1913. Assim a prazo a Alemanha estaria
impedida de ter exército.
A
marinha não foi entregue, os alemães preferiram fundear os seus Navios no mar do
Norte.
Segundo
Versalhes, a Alemanha perde também todas as patentes industriais, cientificas,
etc.. que tenham sido registadas por agentes alemães, que revertem para os
aliados, e ficam também proibidos de estabelecer taxas alfandegárias. A
indústria alemã leva com quotas de produção em especial a indústria química e
cirúrgica. A Alemanha estava também obrigada às reparações de guerra (para além
das reparações que tinha de pagar pelo armistício). Estas indemnizações de
Guerra deveriam ser calculadas em face ao montante global da destruição, sendo
que deveriam ser pagas face a quem teria perdido o quê, ou seja calculava-se a
destruição física, humana, industrial, etc… sendo que quem tivesse mais
destruição recebia mais.
Em
1919 não existe forma de calcular as indemnizações de guerra, sendo que em
1919 não se sabe os custos totais do esforço de guerra e dos estragos da guerra
e por isso não se sabe quanto é que a Alemanha tem de pagar, sendo que por isso
cria-se no tratado de Versalhes uma comissão para apurar as reparações de
guerra, sendo que só em 1921 é que se irá anunciar os cálculos de guerra a que
respeitam a Alemanha, que são de 32 mil milhões de marcos ouro. Sendo que a
Alemanha é obrigada ao abrigo do tratado de 1919 a pagar estas indemnizações
de guerra fazendo isso segundo uma lógica de numerário através de uma anuidade.
Esta anuidade a termos financeiros seria aliviada sobre o esforço alemão, com o
pagamento em géneros industriais, agrícola, animal, matéria-prima, género
acabado, etc.
No
final de 1919 a Alemanha assina o tratado em que se assume como culpada e que
tem de pagar as indemnizações de guerra, sendo que assim fica sem saber até
1921 o que tem de pagar, e quando sabe o montante afirma que não tem capacidade
económica para pagar.
Isto
leva a que de 1921 a 1924 haja uma enorme hiper-inflação, de modo a que se
levou a que o dinheiro de nada valesse, levando a uma impulsão da economia
alemã.
A
resposta Aliada (Franceses, Belgas e Italianos) foi a invasão do Ruhr que era a
zona industrial alemã em especial da Siderurgia, sendo que esta ocupação militar
visava garantir o pagamento das indemnizações.
As
consequências disto é uma greve. O Ruhr e os donos das indústrias não abrem as
fábricas, sendo que o estado alemão paga aos trabalhadores para não
trabalharem. Isto significa que em 1922 a Europa está à beira de uma nova
guerra.
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